Posted by : "TC"endo ideias
sexta-feira, 28 de junho de 2013
A corrente Funcionalista, parte dos estudos que compõem a Pesquisa Norte
Americana, atua sobre a comunicação de massa até hoje. Entendendo a sociedade
como um organismo, onde a comunicação seria um de seus sistemas,e adotada como
maneira de reprimir conflitos, como na ditadura de Hitler e no Estado- Novo de
Getúlio Vargas, é amplamente enxergada na maneira de se fazer jornalismo no
século 21. Com o Flash Mob, entre outros exemplos, percebemos que os
veículos de comunicação exercem poder sobre a sociedade de massa, como o
processo chamado Cruzada. Nesse processo, uma empresa de comunicação divulga
com grande ênfase e periódicamente uma notícia. Fazendo uma interpretação,
pode-se supor que, por exemplo, torna-se possível maquiar fatos, alterar
situações e criar falsas verdades sobre o mesmo fato. Exemplo disso, o Mensalão
foi assunto dos mais diversos meios durante meses, onde se pôde criar, com o
auxílio das estruturas comunicacionais, diversas versões sobre o mesmo fato.
A necessidade de ser manter padrões, expressamente clara nesta teoria,
se mantém também porque os próprios meios de comunicação estruturam estes
esteriótipos. A vantagem econômica, que financia a pesquisa, também deve ser
respeitada, como fica claro nas diferentes versões contadas pelos jornais sobre
as manifestações no Rio de Janeiro e São Paulo, contra o aumento do transporte
público. O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo foram, declaradamente, a
favor de uma tomada de partido mais agressiva por parte da Polícia Militar,
para conter os manifestantes, visão só alterada após uma série de profissionais das empresas serem agredidos durante as manifestações, enquanto cobriam os fatos. No entanto, a Carta Capital deixou expresso sua
indignação com as publicações e foi pró-manifestantes. Visões diferentes de
investidores diferentes tornam jornalismos diferenciados, onde cada um defende,
com base nos seus interesses, uma versão para os fatos.
Mesmo que pensada na metade do século passado, tal estudo continua
atual, permitindo enxergar que essa comunicação foi e é vista como maneira de
se engessar a sociedade de massa, deixando-se influenciar pelo apelo financeiro
que a mantêm de pé e que possui no pragmatismo, sua grande estrutura.
Danilo Terra, 28 de Julho de 2013.
Capas de "Veja" e "Carta Capital" em diversos momentos históricos como a morte de Hugo Chaves ou questionamentos sobre o capitalismo ilustram como um veículo de comunicação determina esteriótipos e têm maneiras diferentes de transmitir mensagens.
Não entendi a relação da cruzada com o flash mob, pois não ficou clara. A palavra estereótipo é com a letra e E não I.
ResponderExcluirBom trabalho!