Posted by : "TC"endo ideias
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
A Cultura de Massa e o Seu Público
Nascida
na escola francesa de comunicação, a Teoria Culturológica se opunha os grupos
de estudos norte-americanos. O destaque aqui são para as abordagens
antropológicas mais relevante para a análise da cultura de massa e a relação entre
o consumidor e o produto.
Nesta
linha de estudos, não vamos discutir os mass media, como em outras como a
Hipodérmica ou Matemática. O que se debate neste estudo são as novas formas de
cultura da sociedade contemporânea. Partindo do pressuposto de que, esta nova
formação de sociedade não deve ser analisada em partes, considerando um ou
outro aspecto, Edgar Morin, pai destes escritos, defendia a ideia de
totalidade. Ele acreditava que, em um estudo da dita cultura sociedade de
massa, devem ser inseridos história, civilização e cultura.
Um
exemplo desta visão de pesquisa fica evidente hoje, temos movimentos como o
hip-hop ou funk, que emergiram dos centros periféricos e ganharam as boates e
paradas de sucesso. A masscult aqui definida, exige uma análise mais profunda
do que somente seu conteúdo em si. Conhecer de onde ela veio, como veio, com
que propósito, seus propagadores é imprescindível para deixar o senso comum e
fazer, de maneira crítica e sucinta, uma análise deste tipo de produção da
indústria cultural.
Seguindo
este pensamento, Morin cria um panorama para esta cultura de massa, aqui, uma
cultura altamente adaptável, em qualquer ou quase qualquer contexto social e à públicos
diversos. Partindo do pressuposto de que a masscult é um sistema que tem um
espectador médio baseado no sincretismo, como o próprio autor afirma no texto.
Este sincretismo é responsável por fenômenos que agem diretamente sobre a
produção deste mercado: a informação e a fiction.
A
informação, como o próprio autor define, adquirem relevo os fait divers, isto
é, aquela “franja do real em que o inesperado, o bizarro, o assassínio, o
incidente, a aventura, irrompem na vida quotidiana” (Morin, 1962, 29). Já a
fiction, vai ganhando cada vez mais aspectos da realidade. Fato que explica,
por exemplo, o fato de que cada vez mais, telenovelas retratam fatos que já
ocorreram na realidade, ou os noticiários que são invadidos por notícias de
cunho mais caricato que jornalístico. Estes aspectos, todos vistos do ponto de
vista dessas produções e de seus consumidores.
http://www.youtube.com/watch?v=hyxLp92QFj4 (Vídeo extraído do Youtube).
Definindo
a cultura de massa como uma indústria, Morin afirma que esta enfraquece todas
as instituições, desde a família até a classe social, como afirma em outro
trecho de sua obra: “por um lado, os duplos vivem em nosso lugar, livres e
soberanos, consolam-nos da vida que nos falta, distraem-nos com a vida que nos
é dada; por outro, impelem-nos a imitar, dão-nos o exemplo da procura da
felicidade” (Morin, 1962, 172), gerando seres servidores de um grande sistema,
uma grande máquina, os seus consumidores. Dessa forma, a cultura de
massa é uma moderna religião da salvação na Terra, que contém em si as
potencialidades e os limites do seu próprio desenvolvimento, já que, segundo a
obra, é nela que os seus consumidores procurando a satisfação, felicidade, liberdade,
já que este mecanismo atende às necessidades de seus consumidores. Assim,
alienados, são marionetes do sistema, que corrompe as instituições.
Danilo
Terra, 01 de Novembro.
Podia ter explicitado melhor a relação teoria e prática
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