Posted by : Bella Fowl
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Isabella Gonçalves
A partir dos estudos latino americanos, passou-se a ter uma consciência das várias facetas dos processos comunicativos. Com a inovação tecnológica, houve o incremento de uma comunicação massiva e, como consequência, o surgimento da indústria cultural. Nessa realidade, os meios começam a ser vistos como agentes sociais e há um novo ecossistema de linguagens.
Ora, como agir diante de tantas
transformações? A educação está estagnada, não sabendo interpretar as novas formas
de se ver o mundo. Diante do contexto da mídia de massa, a televisão é vista
como um mundo de frivolidades. Eis, então, um problema: como educar quando esse
mundo é ignorado? Os pais e os professores não sabem como agir nesse contexto e
surge, então, uma ausência do agir. Como entender uma mudança tão drástica da
relação entre espaço e tempo? Ninguém sabe, mas essas transformações com
certeza afetam o dia a dia das crianças e eis a importância de se entender o
papel das mídias no século XXI.
Os meios constituem agora o público
e integram a construção de ideias, imaginários e realidades. Antes, a mídia era
vista como representante e simples intérprete mundial. Não se via nela um
potencial tão grande, quanto existe. Barbero entende a mídia como agente
social, algo que influencia diretamente no cotidiano da sociedade. Há, então, a
necessidade de fiscalização dessas mídias, por elas serem, agora, o quarto
poder.
É notável a diferença entre os
pensadores norte americanos e os latino americanos. Os primeiros (Lasswell e
Lazarfeld) viam a comunicação como um simples emaranhado constituído por: emissor,
canal, e receptor, havendo a pura transmissão da mensagem. Os segundos, por
outro lado, percebiam o espaço entre o destinatário e o receptor e em como esse
intervalo era composto por múltiplas variáveis, conduziam a diferenças formas
de interpretações. Existem os “filtros comunicadores” entre sujeitos no
processo de comunicação.
Em Junho de 2013, o Brasil vivenciou
um momento histórico, quando protestos se espalharam por todo o país. A mídia,
diante desse contexto, posicionou-se de forma sensacionalista, procurando agir
de forma parcial. Nesse sentido, houve uma divisão de opiniões: algumas pessoas
iam de encontro à postura da mídia e outras acreditavam em tudo o que era
passado. Há, portanto, a prova de que as variáveis existentes entre receptor e
destinatário influenciam na forma de interpretar uma mensagem.