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quinta-feira, 22 de agosto de 2013
A Indústria Cultural nos dias atuais
Nicole E.C. Martins
O atual
mundo político-econômico provocou o nascimento de uma sociedade capitalista,
voltada para o consumo e que necessita, a todo o momento, estar informada,
atualizada (e alienada!) sobre muitos assuntos, de forma geral. Porém, essa
nova sociedade de consumo, não se contenta somente com a informação, na
verdade, esta pouco a interessa, o que ela realmente precisa é consumir, ter,
comprar e adquirir.
Aproveitando
esse novo momento da sociedade, os empresários e investidores do ramo do
entretenimento, anteriormente, pouco lucrativo, empenharam-se em criar produtos
que se referissem a essa cultura de massa.
A produção da indústria cultural possui padrões de imagem cultural
pré – estabelecida e que é capaz de conquistar o interesse das massas sem que
se trabalhe o caráter crítico do expectador.
Esse tipo de
produção cultural, no Brasil, é um pouco diferenciado da maioria dos países.
Por ser um país extremamente diversificado, com aspectos culturais específicos
de cada região e, até mesmo dos estados, a sua produção do entretenimento se
volta para a cultura internacional, como programas de auditório, reallity shows, filmes e séries, que
possuem maior parte dos investimentos, focando em culturas estrangeiras em
detrimento da cultura nacional. Mas também não se pode deixar de destacar as
atividades praticadas no país, como as novelas e a produção artística de cantores e apresentadores, nas regiões
mais desenvolvidas do país, sul e sudeste, que detém grande parte do monopólio
industrial e financeiro,
A arte, por
si só, é transformada em
produção. Não se tem mais o aspecto de originalidade, nem a minúcia
da obra, o que se quer é a produção em série, nos mais variados artigos, necessários
ou supérfluos, dependendo do ponto de vista do consumidor, que ingere sem
perceber quase tudo que lhe interessa destacado na mídia como produto
interessante de se ter.
A ideia do “ter”
difundida pela cultura de massa e intensificada pela Indústria cultural, está
extremamente presente na sociedade atual. A maior presença deste tipo de
mercantilização cultural é através das tecnologias, sempre em crescente avanço.
Assim, a cada mês há uma inovação de celulares, computadores e outros objetos
que fazem o “meio-termo” desses dois. Assim, quem não adquire esses produtos com
a mesma velocidade em que são criados e destinados ao mercado, está fora do
determinado círculo social, não faz parte daquele grupo apenas porque não se insere
nos padrões ali estipulados.
Encontrei também um vídeo no youtube que mostra essa questão ligada às tecnologias, e é bastante interessante, segue o link. http://www.youtube.com/watch?v=WDFkHCfVe5Y
Texto bem escrito, crítica pertinente. Atenção que a palavra espectador é com s, e não x.
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