Posted by : Bella Fowl segunda-feira, 24 de junho de 2013

Por:  Isabella Gonçalves


A Teoria Hipodérmica faz parte da corrente que aborda os efeitos da comunicação. Lasswell criou o termo “agulha hipodérmica”, o que deu nome à teoria. Segundo o autor, a informação divulgada é direta, ou seja, os meios de comunicação são onipotentes, e à medida em que publicam uma informação, os indivíduos a absorvem, sem qualquer senso crítico, ou seja, sem a interferência de outros fatores. Devido a isso, a metáfora “agulha hipodérmica”, explica-se por a informação atuar diretamente no espectador, sem a influência de agentes externos.

Tal estudo foi de fundamental importância para a publicidade, uma vez que a eficácia da venda de ideias é a principal arma para atingir a vontade de consumo dos espectadores. A propaganda, por exemplo, é essencial para a formação de uma opinião positiva sobre um determinado governo. Na época em que a teoria foi criada, 1930, o cenário era de regimes totalitários interessados em atuar diretamente na mente dos governados, para atingir uma satisfação e, consequentemente, maior controle.
Atualmente, essa teoria foi superada pela Teoria dos Efeitos Limitados (nessa, há uma consideração da influência de fatores externos, tal como a vivência das pessoas). No entanto, a supremacia midiática da TV Globo no Brasil é considerada por muitos como não saudável, visto que beira a uma influência quase direta em uma camada desprovida de um senso crítico. Em um país rico, ausente de uma educação de qualidade, a população brasileira carente se encontra em um estado de alienação, provocado pela repetição excessiva de uma abordagem manipulativa: Xuxa, desenhos animados, novelas e jornais tendenciosos.
O documentário “Muito além do Cidadão Kane”, produzido pela BBC, demonstra os bastidores da Rede Globo, e o poder manipulativo da mesma. A emissora é tão eficiente, que atua como uma "Agulha Hipodérmica" em grande parte da população. 


         No entanto, há uma ressalva: A Teoria dos Efeitos Limitados demonstra que um meio de comunicação não pode agir diretamente na mente de uma pessoa, já que a interação social é o fator mais relevante na formação de opinião de um indivíduo. No entanto, quando um determinado grupo de pessoas, sob constante interação social, só assiste a um canal de comunicação, e não tem acesso a outro tipo de informação, a influência do meio sobre o receptor é tão perigosa, que pode ser comparada com a defendida na Teoria Hipodérmica.


Referências:
HOHLFELDT, Antonio; MARTINO, Luiz C.; FRANÇA, Vera Veiga. Teorias da Comunicação: Conceitos, escolas e tendências. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

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