Posted by : "TC"endo ideias
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Teoria Culturológica
“A cultura de massa é uma
cultura: ela constitui um corpo de símbolos, mitos e imagens concernentes à vida
prática e à vida imaginária” (Morin).
Para Morin, a mídia não
produz uma padronização cultural, ela se baseia em uma padronização já
existente nas sociedades, que surgiram a partir de características nacionais,
religiosas e humanísticas. O que nos faz entender que a cultura de massa não
pode ser analisada isoladamente, ela não é autônoma, mas depende de muitos
aspectos particulares de cada organização social.
“Penso que
devemos tentar ver aquilo a que chamamos cultura de massa como um conjunto de
cultura, civilização e história” (Morin).
Um dos maiores problemas da cultura de massa é que com todo o seu poder ela pode acabar corrompendo ou desagregando outras culturas, que não são imunes a este contato. Com isso, a padronização acaba se tornando maior ainda, fazendo com que indivíduos percam cada vez mais o seu "particular" e se encaixe cada vez mais na cultura de massa.
Para alcançar
essa padronização cultural, a mídia faz uso de
estereótipos, que são padrões pré-concebidos. Podemos exemplificar isso ao
analisar as telenovelas, que são um dos principais símbolos da cultura de
massa. Sabendo que o poder da mídia consiste em adequar seus conteúdos às
necessidades e aspirações da audiência, as personagens das telenovelas e a
forma como a trama é conduzida são praticamente sempre estereótipos, com raras
exceções.
Por serem
personagens estereótipos, sempre há uma identificação dos espectadores com pelo
menos um deles, fazendo com que sejam consumidores dessa cultura. E, através
do sincretismo, a cultura de massa age em duas direções: os personagens vivem
por nós, nos desviam da nossa vida e nos consolam pela vida que temos.
Por Gustavo Sampaio