Posted by : Lilian Delfino segunda-feira, 22 de julho de 2013

"A Teoria da Persuasão torna evidente pela primeira vez na pesquisa sobre os mass media a complexidade dos elementos que entram em jogo na relação entre emissor e destinatário.
Deixando de lado a manipulação afirmada pela teoria Hipodérmica, os estudos dessa teoria apontam para a eficácia persuasiva dos meios de comunicação de massa e para a explicação das tentativas fracassadas.
Trabalhando com a questão do inconsciente humano, em que cada um tem uma reação diferente perante a mensagem, a Teoria da Persuasão analisa quando essa reação é positiva, ou não, e por que, partindo do princípio de que os 'filtros'psicológicos do receptor se deixam influenciar ou não pela mensagem do emissor." (Wolf, Mauro. Teorias da Comunicação. Editorial Presença.)

O que a mídia e as agências publicitárias têm feito é investir em ideias que quebrem essas “barreiras” psicológicas, com campanhas bem humoradas (que ajudam a fixar a campanha na cabeça do receptor/consumidor), com emissor de credibilidade (personalidades famosas e pessoas bem sucedidas fazendo as propagandas), pequenos animais (mostrando a parte inofensiva) e, claro, campanhas com crianças.
Como não existe uma segunda chance quando o assunto é persuadir e causar boa impressão no consumidor, os publicitários se empenham para não perder a oportunidade de atrair seus clientes. E quando a propaganda é feita de acordo com um público alvo específico e suas características particulares, tem tudo pra dar certo, como essas:


PARMALAT:

Qual o melhor jeito de se fazer uma propaganda de leite? A Parmalat juntou vários elementos (público alvo: pais e filhos; tema: mamíferos) e acabou criando um dos comerciais mais lembrados e bem sucedidos da década de 90. As crianças fantasiadas de bichinho e a música fizeram sucesso absoluto, complementando com a promoção de troca das embalagens Parmalat por bichinhos de pelúcia.



“KEEP CALM AND CARRY ON”:


“Tenha calma e siga em frente” é um cartaz motivacional criado no Reino Unido, no início da Segunda Guerra Mundial, para ser usado se os alemães conseguissem invadir a Grã-Bretanha. O cartaz foi distribuído em número limitado, portanto não ficou muito conhecido na época. Em 2000, a criação foi redescoberta na Inglaterra e agora está sob domínio público sendo utilizada como tema decorativo para diferentes produtos. Os usuários do Facebook que o digam!


Mas, como nem tudo são flores, existem também certos casos em que a abordagem passa dos limites do bom senso e acaba se tornando uma peça de mau gosto ou até mesmo ofensivas:

OS PEDAÇOS DE CORPOS
PERDIDOS:


Para o lançamento do jogo Residente Evil 5 (saga com a temática de um apocalipse zumbi), a Capcom (companhia japonesa que desenvolve e publica jogos de videogame) decidiu espalhar pedaços de corpos mutilados e ensanguentados pela cidade de Londres. Quem encontrasse o maior número deles, seria premiado com uma viagem para a África. A promoção gerou polêmica quando, no final do evento, a Capcom percebeu que não tinha recolhido todos os pedaços de corpos. Como isso poderia resultar em uma ação criminal, a empresa divulgou para todos os londrinos que, caso encontrassem peças sumidas, as destruíssem imediatamente.


A propaganda a seguir, segue alguns dos princípios da Teoria da Persuasão para que o objetivo de persuadir o receptor da mensagem seja alcançado. Mas o mais relevante para a maioria das pessoas, principalmente daquelas que têm a televisão como sua maior fonte de informações, é a credibilidade do comunicador


(Pelo fato de discutir um tema polêmico e contrariar o interesse de "pessoas poderosas", o vídeo foi pouco divulgado.)







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