Posted by : "TC"endo ideias quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Teoria Culturológica


A Teoria Culturológica foi criada na França na década de 1960 e teve como principal pensador Edgar Morin. Esta teoria partiu de uma análise da Teoria Crítica (década de 1930), segundo a qual os meios de comunicação seriam o veículo para a alienação das massas. Porém, após os estudos dos fundadores da Teoria Culturológica, chegou-se a conclusão de que, na verdade, a mídia apenas fornece às massas aquilo que elas desejam e que a cultura é formada através de um sincretismo, ou seja, uma junção de realidade e imaginação.

“A cultura de massa é uma cultura: ela constitui um corpo de símbolos, mitos e imagens concernentes à vida prática e à vida imaginária” (Morin).

Para Morin, a mídia não produz uma padronização cultural, ela se baseia em uma padronização já existente nas sociedades, que surgiram a partir de características nacionais, religiosas e humanísticas. O que nos faz entender que a cultura de massa não pode ser analisada isoladamente, ela não é autônoma, mas depende de muitos aspectos particulares de cada organização social.

 “Penso que devemos tentar ver aquilo a que chamamos cultura de massa como um conjunto de cultura, civilização e história” (Morin).

Um dos maiores problemas da cultura de massa é que com todo o seu poder ela pode acabar corrompendo ou desagregando outras culturas, que não são imunes a este contato. Com isso, a padronização acaba se tornando maior ainda, fazendo com que indivíduos percam cada vez mais o seu "particular" e se encaixe cada vez mais na cultura de massa.

Para alcançar essa padronização cultural, a mídia faz uso de estereótipos, que são padrões pré-concebidos. Podemos exemplificar isso ao analisar as telenovelas, que são um dos principais símbolos da cultura de massa. Sabendo que o poder da mídia consiste em adequar seus conteúdos às necessidades e aspirações da audiência, as personagens das telenovelas e a forma como a trama é conduzida são praticamente sempre estereótipos, com raras exceções.

Por serem personagens estereótipos, sempre há uma identificação dos espectadores com pelo menos um deles, fazendo com que sejam consumidores dessa cultura. E, através do sincretismo, a cultura de massa age em duas direções: os personagens vivem por nós, nos desviam da nossa vida e nos consolam pela vida que temos.

Por Gustavo Sampaio

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