Barthes deixa claro em seu texto que a fotografia não é uma estrutura isolada, elá está sempre associada a uma outra estrutura comunicativa. Nesse caso essa outra estrutura é o texto que explica o contexto da foto: Epitácio Pessoa, fotógrafo, fazia uma reportagem para o jornal Estado de S.Paulo; ele estava em uma estrada de terra e viu dois homens correndo. Começou a fotografar, pensando que estavam brincando, mas na verdade o fotógrafo evitou que um crime ocorresse no local, já que dois homens levavam um outro rapaz, amarrado, para uma região de mata fechada, com a intenção de "dar um jeito" nele, porque a vítima estava sendo acusada de furto.

Além disso, segundo o autor, as fotografias são mensagens denotativas, e também conotativas. A medida que transmitem apenas aquilo que é realmente mostrado na imagem, mas também dão brecha a uma interpretação da figura pelo receptor. No caso dessa imagem, poderíamos usar o exemplo da foto em que o homem corre, amarrado, olhando para trás, como um exemplo de mensagem conotativa que transmite o pânico no qual o homem estava, e a situação tensa e desesperadora na qual toda a equipe fotográfica se encontrava.