Posted by : "TC"endo ideias
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
O termo
Cibercultura, por ser bem recente, está sujeito a diversas interpretações e
significados. Dentre eles, podemos destacar a definição de André Lemos, que
defende que podemos compreender a cibercultura como a forma sociocultural que
emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas
tecnologias de base microeletrônica.
A constante
evolução da tecnologia nos permite perceber a presença da cibercultura em nosso
cotidiano e as facilidades que isso nos traz: celulares, compras pela internet,
imposto de renda via rede, serviços de banco em casa, entre outros. O
desenvolvimento tecnológico não manipula os caminhos da vida social, mas nos
prende a inúmeras formas de comunicação que são, de um modo geral, mais simples
e rápidas, liberando-nos das dificuldades de espaço e tempo.
As
mídias, desde o telégrafo, telefone, rádio, televisão e hoje, a internet, tem o
poder de interferir na relação espaço-temporal com os indivíduos, podendo,
atualmente, dar a sensação de tempo real, de informação transmitida quase que
de imediato, excluindo a ideia de “longe” e “perto”, por exemplo.
No que diz
respeito ao Jornalismo, a evolução tecnológica e midiática veio se mostrando
cada vez mais interessante, principalmente devido à capacidade de transmitir um
fato ao vivo, ou à possibilidade de se escrever uma matéria instantes depois do
que vai ser noticiado ter acontecido. No entanto, a informação em tamanha
velocidade está tendendo a ser cada vez mais enxuta, o que compromete a
profundidade com que o assunto é abordado ou até mesmo sua veracidade: a
instantaneidade permite que se produzam notícias em larga escala sobre um mesmo
assunto, porém, a grande maioria dessas tem um caráter essencialmente
superficial e direto, à medida que tem a intenção de se adaptar ao cotidiano
cada vez mais corrido do ser humano. Essa característica, no entanto, não
abrange uma contextualização do assunto publicado, o que pode gerar diversas
interpretações ao chegar ao receptor.
Um bom exemplo
da relação entre a Cibercultura e o Jornalismo é o aplicativo para Smartphones
lançado pela Yahoo, em janeiro de 2014, chamado de “News Digest App”, que
permite o consumo de “notícias fast-food”, como são chamadas as notícias
publicadas em tamanho reduzido que prometem transformar conteúdos densos em
conteúdos mais concisos. O aplicativo tem o intuito de facilitar a forma com
que a informação chega a quem não tem tempo de assistir aos jornais
televisivos, por exemplo. Isso resulta em pequenos “átomos” de informação a
partir de uma mistura de diferentes pontos de vista e fontes, e o aplicativo
ainda tem o recurso de que inclui links que permitem que o leitor se aprofunde
no assunto quando achar necessário. A grande questão é: até que ponto é interessante
e até que ponto pode ser prejudicial essa relação para o consumidor, para a
mídia, para as novas tecnologias, para a cibercultura e para o jornalismo?
Por Thaís Andrade
muito boa a relação
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