sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Por:
Luiz André Oliveira
O
que você escolheria como um meio de formar leitores: um gibi ou um livro? Se
ficou com a segunda opção, não errou, mas pode ter sido injusto com a revista
em quadrinhos. Essas revistas podem ter um papel importante no letramento,
habilidade que vai além da alfabetização e indica intimidade e domínio da
linguagem escrita.
A
escola não é a única fonte de formação e o papel dos veículos de comunicação
pode ser muito mais do que simplesmente informar. Para entender como um gibi ou
uma telenovela podem ajudar na educação e como esta pode se beneficiar das
tecnologias da comunicação, surgiu a educomunicação, um novo campo de estudo
nascido de elementos da educação e da comunicação.
O
novo conceito está mudando a cara da educação e dos meios de comunicação nas
ONGs, nas políticas governamentais, em instituições de ensino públicas e
privadas e na mídia. Num país como o Brasil, marcado pela exclusão, a
educomunicação pode assumir uma importância ainda maior. Ela dá novas chances
para todos os cidadãos se educarem, vinculando os conhecimentos escolares com a
vida.
A
inovação não está apenas na sala de aula com televisor e DVD, numa escola com
laboratório de informática ou mesmo em um pequeno estúdio de rádio ou TV
comunitária. A educomunicação vai além do conceito de tecnologia educativa, ela
inverte a proposta do ensino tradicional, com o professor transmitindo
informação para o aluno. Ela coloca o aluno como construtor do próprio
conhecimento.
A
tecnologia em si não transforma a educação. A educomunicação é a contextualiza
a vida real do aluno, que vai buscar no seu bairro, na sua rua e entre amigos e
familiares os elementos para a construção de seu conhecimento. Por ter essa
característica aliada ao chamado protagonismo do aluno, o Telecurso, sistema
educacional de educação a distância mantido pela Fundação
Roberto Marinho e pelo sistema FIESP, exibido pela Rede Globo, é um bom exemplo
de projeto educomunicacional utilizando a comunicação para a educação. O
programa foi idealizado segundo o conceito do aprendizado coletivo, inclusive
do professor - orientador que deixa para trás a tradicional figura do mestre
que domina a matéria.
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não creio que o telecurso seja o melhor exemplo
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