Posted by : Bella Fowl
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Isabella Gonçalves
Ao se falar em educação de qualidade, pensa-se
no que foge à regra e ao clichê. De uma sala lotada com quarenta alunos,
talentos se perdem ou se esquecem, diante da falta de incentivo e de uma
inspiração. Aprender é pensar no novo e a novidade, nesse processo, torna-se
tarefa fundamental.
Edgar
Morin, ao refletir sobre a educação, discorre sobre a sua complexidade, num
ambiente tão heterogêneo da sala de aula, repleto de emoções e culturas, tantas
realidades diferentes. Segundo o pensador, é necessário sair do âmbito singular
da disciplina, pautado em um conhecimento ímpar e ausente de relações entre
conteúdos. Diante disso, é necessário ousar e romper a fragmentação do
conhecimento, por meio de um método de ensino que relacione os diversos
saberes.
Ora,
mas sair do tradicionalismo é tarefa difícil, especialmente quando se fala da
educação em um país como Brasil. Num pessimismo crescente, são
raras as iniciativas que se diferenciam. Diante das singularidades, surge a
educomunicação, uma proposta que utiliza recursos da comunicação como forma de
ampliar ainda mais os conhecimentos.
Dentre
os exemplos, é possível citar as rádios escolas, projeto muito utilizado
atualmente, mas ainda assim raro. Nele, os alunos têm a oportunidade de
desenvolver a oralidade, a escrita e ainda se envolver com a educação, tendo
uma perspectiva que os atraia para os estudos. Em
Porto Velho, por exemplo, a violência escolar foi reduzida por conta de um
projeto como esse.
A
Escola SESC, referência educacional no Rio de Janeiro, também se entrega a uma
iniciativa diferenciada, por meio de projetos que perpassam por todas as áreas.
Há, também, o exemplo vívido da Educomunicação, com existência de uma
rádio, um jornal
escolar e uma oficina específica de Criação Publicitária, responsável
por organizar um festival
de publicidade para os alunos do primeiro ano.
Nesse
sentido, é fato que o modelo educacional brasileiro ainda tem muito o que
melhorar. Entretanto, iniciativas promissoras servem de exemplo e de incentivo
para a mudança do que é tradicional. O conhecimento fragmentado jamais será a saída, embora seja o tradicional. Projetos diferenciados devem ser incentivados e utilizados cada vez mais.
muito bom
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