Posted by : Lucas Gonçalves
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Com os estudos-latinos americanos, a ideia de que os receptores eram
sujeitos passivos foi ultrapassada. Passaram a ser analisados como indivíduos
ativos, participativos e que influenciam também o que será vinculado nos meios
comunicacionais. Martin-Barbero, em "Tecnicidades, identidades,
alteridades: mudanças e opacidade da comunicação no novo século", fala
sobre as novas políticas sociais, culturais e comunicacionais de uma sociedade
midiática. Em um dos capítulos, Barbero analisa o fenômeno da revitalização das
identidades que segue juntamente da revolução das tecnicidades onde os
processos de globalização econômica e informacional estão reavivando as
identidades culturais. O autor revela
que estas identidades (raciais, regionais, étnicas, de gênero e idade) estão
reconfigurando uma força e sentido nos laços sociais. Esta parte do texto de
Barbero que enfoca a questão das
identidades representadas nos meios comunicativos pode ser facilmente exemplificada
com os produtos cinematográficos brasileiros. Muitos filmes nacionais trazem em
seu enredo temas que são da identidade cultural do país.
Os discursos sobre
identidade nacional no Cinema nacional são diversificados e muitas das vezes há
tentativas de retratar o Brasil nas telas. Traços da imagem
sociocultural brasileira e possíveis estereótipos são representados e isso
reaviva estas identidades. Abril Despedaçado, Cidade de Deus, Carandiru, Olga,
2 Filhos de Francisco, Aspirinas e Urubus, O ano em que meus pais saíram de
férias e Última Parada 174 são filmes do início do século XXI que trazem
elementos narrativos, ambientes e personagens que são retratos da realidade
brasileira. Alguns destes filmes já foram indicados até mesmo ao Oscar, é forte
exemplo da Globalização informacional
revitalizando, através do cinema, a identidade brasileira.
Por: Lucas Gonçalves Ferreira.
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