Posted by : "TC"endo ideias
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Por Tarcísio Henrique Altomare
No Brasil, quando analisamos o panorama geral da educação no país, percebemos que a evolução nessa área é lenta e os exemplos bem sucedidos são exceção. Apesar de ser tema importante nas universidades brasileiras, de onde saem projetos e estudos muito bem desenvolvidos sobre a educomunicação, a aplicação prática em escolas de nível fundamental e médio ainda é rara, principalmente fora dos grandes centros.
O nível da educação pública no país é baixo e as escolas convivem com falta de verbas e de capacitação profissional, além de terem que lidar com uma noção de ensino arcaica que ainda remete aos tempos da ditadura militar. Os alunos não se sentem motivados a aprender e a maioria sequer planeja seguir estudando após concluírem o ensino médio. Desse modo, a falta de interesse impõe obstáculos ao trabalho dos professores, como indisciplina dentro da sala de aula e a infrequência.
Poucas escolas públicas possuem rádio escolar ou jornal e os computadores são subaproveitados, pois os próprios professores estão presos à ideias antigas e possuem uma visão restrita sobre os benefícios de se ensinar em um ambiente mais livre, com o aluno mais participativo e tendo a oportunidade de criar, de dar sua opinião sobre os assuntos cotidianos ou curriculares. A juventude já está familiarizada com parte da internet, como as redes sociais, os jogos, os sites de esportes e fofocas, mas não utilizam ferramentas importantes como os blogs, os bancos de dados com livros gratuitos para downloads e, mesmo nas redes sociais, se preocupam mais em postar fotos e compartilhar trechos de músicas do que criar e adquirir conteúdo.
Apesar do reconhecimento por parte do MEC de que a edocumonicação é um conceito importante e uma aliada incomparável na luta pela melhoria no ensino, os esforços apresentados até hoje para inserir essa prática no dia a dia do estudante comum brasileiro são tímidos e trazem poucos resultados. É necessária uma política que renove os pensamentos de quem leciona e administra as instituições de ensino, com palestras e incentivos, parcerias com rádios comunitárias, universidades e empresas privadas.
A educomunicação é sem dúvida o futuro da educação e, quando o presente está tão necessitado de mudanças, o que se pede é uma viagem no tempo já. O ensino no Brasil não pode mais ficar parado no tempo esperando que as coisas mudem apenas com mais vagas no ensino superior. É imprescindível uma reestruturação e uma forma revolucionária de pensamento, é preciso mais comunicação.
muito bom
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